segunda-feira, junho 30

Desistir do sistema articulado de Música depois do 8ºAno

Opinião pessoal - Um aluno que frequente a partir do 5º ano de escolaridade, o ensino articulado da música, vê o seu horário reduzido comparativamente aos alunos do ensino regular. Por exemplo, um aluno do 5ºano não têm as disciplinas de Educação Visual e Tecnológica e de Educação Musical contempladas. O mesmo acontecendo nos restantes anos de escolaridade. O horário de um aluno do ensino articulado é composto por duas partes (dois horários), o da escola normal e da escola de música, onde grau de exigência da componente musical é bem superior à fornecida nas escolas públicas. No entanto, os resultados obtidos ao longo dos anos obtidos através da Escola de Música/Conservatório vão ser inscritos em todas as pautas de final de período da Escola. Assim, se um encarregado de educação entender que o seu educando deve interromper o ensino articulado (este acto deve estar previsto se bem que não encontrei qualquer legislação a respeito) deverá no meu entender suspender a inscrição no Conservatório e inscrever o seu filho no 9º ano nas opções que julgue mais convenientes. Ainda, assim é conveniente efectuar uma comunicação escrita dirigida ao presidente do Conselho Executivo da escola dos 2º e 3º Ciclos, a dar conhecimento da desistência do ensino articulado. Como não existem verdades absolutas, convém solicitar informações a respeito em ambas as escolas ou à direcção regional de Educação da sua área de residência. No 9ºAno, do conjunto das disciplinas que integram os domínios artísticos e tecnológicos, os alunos escolheram uma que frequentaram nos 7.º e 8.º anos. Assim, dependendo das escolas, os alunos poderão optar por: Educação Visual, Educação Tecnológica ou outra disciplina (oferta de escola). Existem escolas que oferecem inclusive a disciplina de Música.

Avaliações Externas de 2006 a 2008

Para os interessados em saber quais os resultados das avaliações externas promovidas pela inspecção geral de educação vou à medida do possível criar tabelas síntese dos resultados obtidos. No entanto, considero importante uma leitura dos relatórios da IGE e do respectivo contraditório das escolas avaliadas.

Importa saber que as equipas de avaliação eram compostas por dois inspectores e por um avaliador externo à IGE. Os relatórios apresentam: a caracterização da unidade de gestão, as conclusões da avaliação, a avaliação por domínio e considerações finais, decorrentes da análise dos documentos fundamentais da escola, da apresentação que ela própria efectuou e da realização de múltiplas entrevistas em painel.Segundo a IGE: "Espera-se que o processo de avaliação externa fomente a auto-avaliação e resulte numa oportunidade de melhoria para a escola, constituindo os relatórios instrumentos de reflexão e de debate. De facto, ao identificar pontos fortes e pontos fracos, bem como oportunidades de desenvolvimento e constrangimentos, a avaliação externa oferece elementos para a construção ou o aperfeiçoamento de planos de melhoria e de desenvolvimento de cada escola, em articulação com a administração educativa e com a comunidade em que se insere."

sexta-feira, junho 20

CRESCER, É PASSAR POR BONS E MAUS MOMENTOS

O EXAME NÃO FOI DIFICIL, FOI FACILISSIMO.
“Magnífico”, meu caro Watson. Os resultados foram os esperados. Os “putos” saltaram de alegria. Foi uma chuva de 4 e 5. Apanhei os stores de surpresa e enganei os pais. O povo é mesmo leigo na matéria. #Extracto retirado da biografia da Ministra Mestra na Adulteração das Estatísticas#.
Onde está a diferenciação positiva? De nada ou pouco serviu os professores andarem a instigar os alunos a serem mais aplicados no decurso do ano lectivo. Se antes, muitos alunos, referiam que era suficiente fazer para um teste sem estudar ou com apenas 30 minutos de estudo, agora vão começar a pedir dispensa das aulas. Os bons alunos admiram-se com o grau de facilidade dos exames e questionam-se quanto ao efeito desejado pelo ministério. Os mais fracos saíram satisfeitos com seu desempenho e pela revelação das suas capacidades ocultas, enquanto manifestam algum desalento. Se tivessem estudado mais teriam obtido o melhor resultado, do ano ou dos anos, numa prova escrita.
Se é preciso preparar os alunos para o seu futuro, sejamos correctos em criar as condições reais de diferenciação. Os bons alunos concerteza que gostariam de ser testados num “verdadeiro” exame, com um grau de dificuldade superior, o que não aconteceu. Os professores destes alunos estarão desarmados, caso alguém verifique e compare os seus resultados de acesso ao 10ºano e os resultados de futuros exames.
O Ministério e a sua equipa deveriam tratar de elaborar os exames a nível de escola, para os alunos das necessidades educativas especiais, pois, hoje, muitos constataram que o exame do “ministério” era mais fácil que o seu, elaborado por uma equipa de professores da Escola.
O Futuro é incerto, e quem estiver interessado que “trabalhe arduamente” para “sorrir” daqui a uns anos. Pois a “sorte” nem sempre nos acompanha.


quinta-feira, junho 19

Facto estranho: "Melhoria nos resultados de Matemática do 6ºANO"

São muitos os professores que estranham a disparidade das diferenças registadas entre os resultados das provas de aferição no 6ºano, deste ano e do ano transacto. Qualquer professor, de matemática, sabe que poucas alterações ocorreram no modo de leccionar a disciplina nas escolas, apesar da existência do Plano de Acção da Matemática, pelo que suspeitam da fiabilidade dos resultados obtidos. Segundo, alguns que foram designados professores classificadores haveriam indicações para uma “sobrevalorização” das respostas dos alunos. Assim, é do seu entender que estes resultados tão favoráveis atendem às necessidades estatísticas do ministério ou ao facilitismo patente nas questões apresentadas nas provas de aferição.
O Conselho das Escolas, que integra 60 presidentes de C. Executivos, é um órgão consultivo do Ministério da Educação. Segundo o jornal público, o seu presidente, atribui estes resultados ao manifesto esforço desenvolvido dentro das escolas e entre escolas e a uma maior afectação de recursos humanos e materiais. Se é verdade que em algumas escolas existe uma aula de 90 minutos com dois professores, noutras tal medida não é prática instalada. É natural que o presidente deste órgão analise estes resultados apenas na perspectiva positiva. Dando-lhe razão, estamos a disser que em 2011/12, estes alunos realizarão os exames do 9ºano onde obterão resultados positivos na ordem dos 80-90%. Aguardemos para ver quêm tem razão.
Relativamente, ao mesmo assunto a ministra da Educação, MLR, congratula-se pela "melhoria muito significativa" nos resultados nas provas de aferição de Língua Portuguesa e Matemática do 4º e 6º ano, rejeitando qualquer crítica de facilitismo nos exames. Já a Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM) sublinhou que os enunciados contêm um "número exagerado de questões demasiado elementares", afirmando por isso que os resultados dos alunos poderiam ser bastante piores se os enunciados fossem "mais exigentes".
Comentários retirados da net:
- “Os senhores que elaboram os exames deviam dar aulas um ano.”
- “Estes últimos anos tem sido sempre a mesma coisa. Alunos que são péssimos o ano inteiro e fantásticos nos exames nacionais. Não é a fingir, que o problema se vai resolver”
- “Não há vergonha, um ministério que activamente manipula as estatísticas para fundamentar e justificar as suas decisões que em nada são relativas a educação, antes sim de satisfação do leigo povo.”

segunda-feira, junho 16

Sócrates renova “a tecnologia” das escolas

O parque tecnológico dos agrupamentos de escolas vai melhorar, pois foram abertos concursos públicos para aquisição de materiais tecnológicos e de serviços associados. É pena que, não se realize, em Portugal, uma avaliação séria da operacionalidade dos equipamentos disponíveis aos alunos e professores. Infelizmente, as máquinas não trabalham sozinhas senão o ensino poderia estar melhor! O manuseamento de máquinas requer sempre formação do pessoal, que tarda. Depois da entrega dos equipamentos, da oferta da dita formação ninguém aparece para avaliar o seu uso nas escolas. Mas o Povo, pode fazer esse julgamento junto dos seus filhos questionando-os sobre a sua aplicabilidade no seu quotidiano escolar. Consequente, o Ministério da Educação deveria ponderar efectivamente criar um corpo de trabalho para desenvolver aplicações temáticas para disponibilizar aos professores e alunos, caso contrário com o tempo os equipamentos ficam obsoletos e a sua rentabilidade nunca foi será retirada.Todos sabem que existem pelo menos um quadro interactivo nas escolas, o que desconhecem é que possivelmente são usados por menos de 5% dos professores. Muitas escolas já aderiram ao cartão magnético, fizeram opções orçamentais e agora vem ministério dar de graça um sistema deste tipo às escolas que ainda não se adaptaram. E as outras escolas, terão suplemento de verba? Claro que não! Que injustiça!
A videovigilância em todo o espaço escolar é sempre bem-vinda. A segurança passiva é de enaltecer. Vamos esperar que as promessas de Sócrates se concretizem: “instalação da ligação à Internet em todos os espaços da escola, interiores e exteriores, com uma velocidade de 48 megabytes por segundo; um computador por cada cinco alunos, um videoprojector em todas as salas de aula e um quadro interactivo por cada três salas de aula.
Na realidade, o que eu gostaria é que algumas escolas fossem “abaixo” e surgissem “novas estruturas” no seu local, pois as desigualdades começam nas instalações.
Este decreto regulamentar visa definir o regime transitório de avaliação de desempenho do pessoal docente e respectivos efeitos durante o 1.º ciclo de avaliação de desempenho que se conclui no final do ano civil de 2009.
Durante o ano escolar de 2007 -2008 os agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas prosseguem e desenvolvem as acções consideradas necessárias à plena aplicação do sistema de avaliação de desempenho, tal como previsto no Estatuto da Carreira Docente e no Decreto Regulamentar n.º 2/2008, de 10 de Janeiro, nomeadamente através da alteração dos respectivos projectos educativos para a fixação de objectivos e metas, da fixação dos indicadores de medida e do estabelecimento do calendário anual de desenvolvimento do processo de avaliação.

Para o pessoal docente contratado?
Procedimento de avaliação simplificado
a) A ficha de auto -avaliação;
b) A avaliação dos seguintes parâmetros pertencentes à avaliação efectuada pelo órgão de direcção executiva:
i) Nível de assiduidade;
ii) Cumprimento do serviço distribuído;
iii) Acções de formação contínua.

Aos outros, saiu a sorte grande!
Avaliação do coordenador do departamento curricular, no 1.º ciclo de avaliação os coordenadores de departamento curricular ou os coordenadores do conselho de docentes são unicamente avaliados pelo presidente do conselho executivo de acordo com o artigo 29.º do Decreto Regulamentar n.º 2/2008, de 10 de Janeiro.

Mais abono...sim senhor

Portaria n.º 425/2008, de 16 de Junho, procede à actualização dos montantes das prestações por abono de família para crianças e jovens reguladas pelo Decreto-Lei n.º 176/2003, de 2 de Agosto, na redacção do Decreto-Lei n.º 41/2006, de 21 de Fevereiro, e das prestações por abono de família pré -natal, reguladas pelo Decreto-Lei n.º 308 -A/2007, de 5 de Setembro, correspondentes aos 1.º e 2.º escalões de rendimentos.


quarta-feira, junho 4

Os grandes, professores e escolas!

Só são reconhecidos aqueles que por unanimidade tomam decisões contrárias ou passivas relativamente à vontade do Ministério da Educação. Circulam na net, de e-mail em e-mail, registos de escolas que não constituíram lista de pessoal docente para o conselho geral transitório, órgão que veio substituir a Assembleia de Escola.
Tanto para quê? Estas decisões só demonstram que as escolas funcionam com meia dúzia de professores e que os outros são figuras de cartaz. Será que querem empatar algo inevitável? Será que todos sabem do que se trata? Não me parece.Muitos são os que reclamam mas não têm noção do funcionamento das Escolas, apenas olham para os seus horários, para os dias livres, para os cargos atribuídos que nada fazem e infelizmente, outros que ano atrás de ano são confrontados com horários maus, cargos que dão trabalho e que gastam muita saliva a falar das suas angústias ficam serenos e acobardam-se e nada fazem para mudar esta realidade.É uma verdadeira oportunidade conseguir participar na elaboração do regulamento interno de uma escola ou agrupamento dando um contributo pessoal ao mesmo. Cada participante, do novo órgão, votará, e só passaram as deliberações tomadas por uma maioria ou por unanimidade.
Fazem parte da constituição do conselho geral transitório, os seguintes elementos:
a) sete representantes do pessoal docente;
b) dois representantes do pessoal não docente;
c) quatro representantes dos pais e encarregados de educação;
d) Dois representantes dos alunos, sendo um representante do ensino secundário e outro da educação de adultos ou caso o estabelecimento não leccione o ensino secundário ou a educação de adultos os lugares transitam para a representação dos pais e encarregados de educação.
e) Três representantes do município;
f) Três representantes da comunidade local.

A forma de designação e eleição dos membros do conselho geral transitório é a prevista nos artigos 14.º e 15.º do Decreto-Lei n.º 75/2008, de 22 de Abril (Diário da República, 1.ª série — N.º 79)- Os representantes dos alunos, do pessoal docente e do pessoal não docente no conselho geral são eleitos separadamente pelos respectivos corpos.
- Os representantes dos pais e encarregados de educação são eleitos em assembleia geral de pais e encarregados de educação do agrupamento de escolas ou escola não agrupada, sob proposta das respectivas organizações representativas.
- Os representantes da comunidade local, quando se trate de individualidades ou representantes de actividades de carácter económico, social, cultural e científico, são cooptados pelos demais membros nos termos do regulamento interno.
- Os representantes do município são designados pela câmara municipal, podendo esta delegar tal competência nas juntas de freguesia.
A experiência mostra que existe alguma dificuldade na constituição de mais do que uma lista, do pessoal docente ou não docente, quer terem de ser necessárias recolher muitas assinaturas, o que poderá criar “associações” indesejáveis, ou por temerem “represálias” quer por sentirem-se pouco motivados para integrarem órgãos da escola, sem compensações objectivas.
Na antiga assembleia de escola, apenas o seu presidente, docente, tinha direito a uma hora por semana de compensação.

Quotas ! O que é isso?

Os professores vão começar a sentir as consequências previstas no Estatuto da Carreira Docente, para a sua progressão na carreira. Segundo o despacho que estipula a atribuição das quotas da avaliação de desempenho, contrário à vontade dos sindicatos, este irá desencadear a diferenciação entre escolas e professores.

Apesar de reconhecer que a posição dos sindicatos é defender a classe, considero que tal inflexibilidade apenas serve para esconder a hipocrisia que existe no sistema. Mesmo com um sistema com quotas, onde exista diferenciação, esta far-se-á favoravelmente de modo desigual e suspeita-se que seja parcial. As amizades, os compadrios proliferam, e na grande maioria das situações serão estes que serão recompensados pelos coordenadores e órgãos de direcção.
Segundo consta as escolas vão poder atribuir um máximo de 10 por cento de classificações de «Excelente» e 25 por cento de «Muito Bom», mas só se tiverem nota máxima nos cinco domínios:1. Resultados1.1 Sucesso académico
1.2 Participação e desenvolvimento cívico
1.3 Comportamento e disciplina
1.4 Valorização e impacto das aprendizagens
2. Prestação do serviço educativo
2.1 Articulação e sequencialidade
2.2 Acompanhamento da prática lectiva em sala de aula
2.3 Diferenciação e apoios
2.4 Abrangência do currículo e valorização dos saberes e da aprendizagem
3. Organização e gestão escolar
3.1 Concepção, planeamento e desenvolvimento da actividade
3.2 Gestão dos recursos humanos
3.3 Gestão dos recursos materiais e financeiros
3.4 Participação dos pais e outros elementos da comunidade educativa
3.5 Equidade e justiça
4. Liderança
4.1 Visão e estratégia
4.2 Motivação e empenho
4.3 Abertura à inovação
4.4 Parcerias, protocolos e projectos
5. Capacidade de auto-regulação e melhoria da escola
5.1 Auto-avaliação
5.2 Sustentabilidade do progresso
As escolas que ainda não tenham sido sujeitas a avaliação externa, poderão aplicar um máximo de 5 por cento de «Excelente» e 20 por cento de «Muito Bom».
Assim, a pressão está do lado dos órgãos de gestão da escola, que nada tendo a temer e a esconder deverão solicitar com carácter de urgência a avaliação externa. Só assim, dignificam a instituição e os professores que estão sobre a sua alçada.As avaliações visam alertar as escolas, os seus dirigentes e funcionários (pessoal docente e não docente) para correcção de situações anómalas ou omissas e positivamente, para as realizações bem conseguidas.
Pode existir várias injustiças no sistema, mas a avaliação do desempenho é sim, uma necessidade urgente e importante. Vamos ver como esta será implementada nas Escolas.

Canal Educativo on-line sobre alimentação

Mais uma iniciativa que visa possibilitar a partilha de informação online sobre alimentação. Contributo dado pela Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares (FIPA) em parceria com várias entidades e o Ministério da Educação.
Este projecto permite destinada a todas as escolas, visa auxiliar os professores no tratamento de temas relacionados com a alimentação e estilos de vida saudáveis, bem como apoiá-los na sensibilização dos mesmos assuntos junto dos alunos.
O arranque está previsto para Setembro próximo, e o seu acesso é facultado através do site da FIPA.