quarta-feira, maio 30

Números da discórdia. 900 ou 1300 Escolas do 1º Ciclo serão encerradas no próximo ano lectivo

Mais uma medida do Ministério da Educação que irá permitir a deslocação de alguns milhares de alunos da sua área de residência para um novo espaço geográfico do seu concelho.

Senhores Pais, o
s seus filhotes terão que se levantar mais cedo para apanhar os transportes e em princípio, cumprindo-se o horário normal, efectuarão o almoço no refeitório da Escola receptora com regresso marcado para depois das dezassete horas. Acabaram-se os almoços em família e o convívio com povo da terra. As confusões nas Escolas “desterro” por os professores estarem de baixa psicológica ou por outros motivos. Na nova Escola espera-se que os alunos tenham um ambiente de convívio com outros da sua idade e que partilhem novos recursos.
Se bem que nas Escolas actuais o número de alunos é menor, nas novas as turmas serão constituídas por um número superior dificultando assim as condições de trabalho do professor e consequentemente o tempo disponível para apoiar individualmente cada um dos alunos.
Esperemos sinceramente que as novas Escolas tenham melhores condições que as de origem.
Basta! O que o Ministério pretende na realidade é poupar umas “massas” valentes. Imaginem o universo de pessoas que virão a sofrer com esta medida. Os funcionários, o auxiliar de acção educativa e o professor, partindo do pressuposto que cada escola a encerrar só tem afectas duas pessoas, considerando o encerramento total, este afectará um universo compreendido de 1800 a 2600 funcionários. Atendendo ao reduzido número de alunos afectos a esta escolas, talvez apenas dois quintos dos professores voltaram a ser colocados em próximos concursos. Os funcionários do quadro tem sempre um lugar assegurado, mas os restantes irão para o desemprego. No caso dos professores irá afectar mais uma vez, os mais novos – os contratados.
A poupança mensal média poderá ser de 600 euros para um funcionário de acção educativa e de 1000 euros para um professor. Basta multiplicar pelo número de excedentes para sabermos o valor da poupança.

Se o ensino é garantido a todos os jovens em idade escolar, essas condições não o são e poucas alterações vejo nas decisões emanadas pelo Ministério da Educação. Para começar devia declarar publicamente os orçamentos das escolas e os custos associados a obras de intervenção. Esta matéria poderá ficar para uma futura reflexão.

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