terça-feira, dezembro 4

O Sr. ASAE - António Nunes

Extracto da Entrevista do Correio da Manhã de 4/Nov/2007
"- A lei do tabaco entra em vigor em Janeiro. Como é que a ASAE vai actuar? Não vai haver nenhuma tolerância? - Quem pode determinar tolerância é a lei. A lei já determinou uma tolerância. Deu um espaço de tempo para que as pessoas se adaptem. Se o legislador entendia que esse espaço de tempo era pouco então teria dito outra coisa. Não faz sentido nenhum que um órgão administrativo vá fixar um prazo de mais sessenta ou noventa dias.
- Se um cliente fumar num local para não fumadores quem é que actua? A ASAE ou a polícia?- A fiscalização pelo cumprimento da lei do tabaco é das autoridades administrativas e da ASAE. Nesse caso é evidente que chama a polícia. A polícia é a entidade que está mais próxima para fazer o levantamento do auto de notícia. Até porque a ASAE nem sequer tinha essa capacidade. Nem multiplicando por dez os nossos inspectores. A lei não diz que a ASAE fiscaliza em exclusividade. Diz que a fiscalização da lei é feita pelas autoridades administrativas e pela ASAE. E a ASAE faz a instrução dos processos para que a comissão de aplicação das coimas tome a decisão. Mas espero que essas situações sejam muito poucas.
- A ASAE não vai actuar especialmente em relação ao consumidor?
- A acção principal da ASAE é na verificação das condições do estabelecimento. - A restauração já se queixa dos custos dos aparelhos que têm de instalar para se poder fumar. - Nós estamos habituados em Portugal a que quando sai uma lei a primeira coisa que dizemos é que a lei é incumprível. A segunda coisa que dizemos é que, apesar de ser cumprível, não temos espaço para a cumprir, temos de dar mais espaço. Eu gostava é que as pessoas fizessem outra coisa. Queremos fazer isto e temos esta dificuldade. Digam lá como é que se resolve. Essa que referiu não é dificuldade nenhuma. A ARESP, por exemplo, perguntou-nos se as etiquetas de fumadores e não fumadores serviam. Nós dissemos que sim. Isto é construir. E isto é admissível. "

1 comentário:

Anónimo disse...

Olá, Chico!

Já está à vista o dia em que deixará de haver fumo nas escolas. Falo das escolas, pois é um lugar que me acolhe cerca de 30 a 40% do dia, há já quase quinze anos. E durante esses quinze anos tenho fumado gratuita e passivamente (quase) sem protestar. Mas eu já aqui escrevi sobre este assunto, por isso talvez não valha mais a pena falar mais do mesmo.
O que importa é o futuro. Já me foi confirmado que a proibição será cumprida. Espero que sim, espero que não haja (como é muito comum no nosso país haver) alguma escapatória possível à lei, alguma forma inimaginável (por enquanto) de a contornar, tanto nas escolas como noutros locais públicos.
Por agora, não vale a pena pensar demasiado no que virá a acontecer. Resta esperar e aproveitar (leia-se, aguentar) as últimas baforadas... Enfim, já sonho com o dia 3...

Bom fim-de-semana!

Maria Sabichona