quarta-feira, junho 6

A manutenção das Escolas

Algumas Escolas têm no seu quadro um funcionário afecto à área de manutenção. Este é responsável pela execução dos trabalhos necessários à reparação das deficiências detectadas na Escola. Acontece que este quadro será extinto assim que o funcionário se reformar. Depois, a quem caberá assumir essas responsabilidades? Ao pessoal auxiliar de acção educativa ou às empresas de manutenção privadas?A existência de diferentes quadros, diferentes categorias: Auxiliar de Acção Educativa e Pessoal da Manutenção só veio perturbar o serviço pois este último dificilmente poderá reparar uma persiana sem o auxílio de outra pessoa. Está só e a sua tarefa é penosa. Tanto mais que alguns colegas auxiliares esquivam-se a ajudar quando solicitados, escondendo-se atrás das suas competências mesmo em momentos de pauta de serviço (i.e. não estando a fazer nada).
Aparece-me desadequado terminarem com este quadro sem estar previsto um reajustamento na categoria de auxiliar. Pouca gente terá reflectido que uma tomada de decisão deste tipo acarreta um custo acrescido para as Escolas, vendo-se obrigadas a solicitar um aumento de orçamento.
A colocação de um simples vidro ou de uma torneira acarreta para o estabelecimento um acrescimento de 20 euros/média por deslocação. No entanto, o número de persianas, de lâmpadas e outros equipamentos faz-se quase diariamente. Multipliquem por vinte euros cada deslocação do técnico acrescidos do tempo de execução do serviço. Virão que pode não compensar.
Conheço uma Escola que contratou uma empresa de jardinagem por 750 euros mensais após a reforma do funcionário camarário que tratava dos jardins. Hoje essa Escola, após adquirir equipamento de jardinagem no valor de 2500 euros, e atribuindo essas funções ao seu funcionário de manutenção tem efectuado esse serviço. Com certeza concordarão que esta foi uma excelente opção pois os valores da aquisição do equipamento à muito que já foram amortizados.
Um funcionário custa ao estado uma média de 600 euros mensais.
Assim sendo devem as Escolas simplesmente perder estes funcionários ou deverão qualificar outros (os auxiliares) para as mesmas funções?Termino, lembrando que estes funcionários deveriam ter acesso a formação extra em diversas áreas: jardinagem, electricidade, frio, canalização, impermeabilização e construção, para levar a cabo as suas funções

1 comentário:

Anónimo disse...

Concordo na generalidade.