terça-feira, setembro 4

Desgoverno Formativo!

Uma ministra pode justificar o desemprego docente com base no desajuste entre a oferta do ensino superior e as necessidades das redes escolares (pública e privada)?
O Ministério de Educação tomou decisões que influenciaram automaticamente o número de horários disponíveis pelas escolas. Assim, o número de necessidades docentes/horários levados a concurso público em 2007 dinumiu imediatamente.
O novo Estatuto de Carreira Docente estabeleceu entre outras situações, o aumento do número de horas lectivas de 20 para 22 horas lectivas, para os professores dos apoios educativos e para os professores do ensino secundário. Este simples aumento de 2 horas prejudicou a elaboração de horários nas Escolas, promovendo assim uma diminuição do número de horários disponíveis nessas escolas comparativamente ao ano transacto. A concentração de alunos do 1º ciclo através do encerramento de escolas, do 1º ciclo com poucos alunos, também influenciou negativamente exercício da profissão.

Deste modo, aparece que alguém quer sacudir a “poeira do capote” relativamente à instabilidade crescente do pessoal docente. Parece que os candidatos ao ensino superior estão a ser penalizados por terem realizado uma má opção.
Perante esta justificação o governo deveria tomar providências para o encerramento, redução nas Universidades Públicas do número de cursos superiores associados ao ensino. Cumulativamente, os candidatos ao ensino superior deveriam ser devidamente informados das facilidades ou dificuldades de acesso ao exercício da profissão, antes do processo de candidatura ao ensino superior.

Se é verdade que o Estado não pode garantir trabalho a todos os cidadãos, também o é que deverá ser sério nas ofertas que disponibiliza aos mesmos!

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