segunda-feira, setembro 24

A sopa da discórdia

Enquanto que uns apregoam que a sopa deve fazer parte de uma refeição de qualidade outros decidem em retirar este prato de venda no bufete de uma Escola.

Se bem que numa Escola possa existir um refeitório onde podem ser consumidas refeições completas, esse espaço não é utilizado por uma grande parte dos estudantes, para além dos frequentadores habituais recusarem comer a sopa, a peça de fruta, os legumes ou algumas partes do prato principal. Numa Escola, o consumo de peixe e legumes é muitas vezes recusado ou posto de lado pelos estudantes, à semelhança do que acontece em casa, mas muito mais a amiúde.
Como os alunos não são vigiados pelos pais, os tabuleiros de refeição, de alguns alunos, são desoladores em termos de conteúdo pois deixam de retirar das prateleiras os alimentos que menos gostam.
Pois é, a gestão da Escola e os seus professores deveriam dinamizar actividades e vigilâncias efectivas, iniciando um projecto para o efeito, que permitisse a correcção de maus hábitos alimentares. Não basta apresentar semanalmente refeições diversificadas!
Algumas Escola atendendo às orientações emanadas por documentos do Ministério de Educação e por imposição legal retiram dos bufetes escolares a venda de sopas e outros produtos, alegando ter sido obrigados pela lei (qual lei?). Poder-se-ia dizer que muitas escolas cometem ou cometeram ilegalidades por terem vendido durante anos as vulgares sopas nos bufetes, apesar da mesma ser confeccionada nos refeitórios escolares. Este facto é do conhecimento das Direcções Regionais pois mensalmente as escolas estão obrigadas a enviar mapas que indirectamente fazem referência desse produto.
Os defensores da sopa, referem que este é um produto de baixo valor calórico mas de grande riqueza nutricional. Muito vantajoso para quem quer fazer uma refeição ligeira e rápida e vantajoso para quem quer manter a linha. A discordância sobre a proibição da venda da sopa nos bufetes prende-se com a necessidade dos utentes (professores, funcionários e alunos) terem a oportunidade de escolher entre uma refeição ligeira em vez de uma completa (no refeitório), . O consumo da sopa por ajudar a sermos pessoas mais saudáveis não faz sentido que deixem de ser vendidas, devendo as Escolas propor às Direcções Regionais que autorizem a sua venda nos bufetes.
As Escolas deveriam pedir esclarecimentos às Direcções Regionais antes de tomar este tipo de decisão . Que vejam o exemplo das Escolas da Madeira onde nos bufetes se vendem sopas e são criadas semanas de sensibilização para o seu consumo.

Deixo algumas boas razões para se comer sopa diariamente:
Este alimento apresenta inúmeros benefícios sendo indicado para crianças e idosos;
É um alimento pouco calórico;
É de fácil digestão;
Dificilmente provoca alergias;
Possibilita um bom aproveitamento dos seus nutrientes pelo organismo;Permite um verdadeiro aproveitamento das vitaminas e minerais que se perdem, geralmente quando se desaproveita a água de cozedura; Permite a utilização de uma grande variedade de legumes e consequentemente de sabores;
Sacia rapidamente;
É um importante alimento na prevenção e combate à obesidade.

Deveríamos ainda reclamar que fosse feita uma reflexão a respeito de:
O que deve fazer uma Escola à comida que sobra diariamente?
Os bufetes escolares devem ser encerrados durante o período de almoço?
As Escolas estão a cumprir as medidas mencionadas no documento "Educação Alimentar em Meio Escolar"?

2 comentários:

Priscila disse...

Concordo plenamente*
Acho estremamente incorrecto a atitude que tomao em relção á retirada da soupa e de outros alimentos do bufete*

Sei que nao faz parte do assunto mas em certa parte ate se integra... Hoje á hora do almoço dirigi-me ate ao bufete para almoçar e o que havia para servir aos alunos era: chocolates, salame e sandes(fiambre ou queijo), entre outros produtos ricos em açucares que prejudica bastante a saude. Achei por e simplesmente deprimente a situação, o ano passado ainda existia sandes de carne assada entre outros, coisa que nao acontece este ano e que discordo bastante.

José António disse...

Na verdade esta questão é demasidamente séria para que se aceite como facto consumado.