quinta-feira, maio 31

Acabemos com as más decisões e o mau cheiro!

Fomos hoje bombardeados pelos meios de comunicação relativamente à intenção do parlamento de reduzir o valor das coimas do acto de fumar. A abordagem refere que estes entenderam promover uma diminuição do valor das multas aos fumadores ou aos donos de estabelecimentos onde se fume e não exijam o cumprimento da Lei. Segundo a comissão do parlamento não faz sentido que a multa do tabaco seja superior à das outras drogas. O meu entendimento, é que estes decisores, possivelmente, são fumadores senão teriam defendido a actualização das multas de outras drogas ilícitas em vez de impor a diminuição das multas ao acto de fumar.

Estes senhores deputados deveriam reconhecer que é imperativo avançar imediatamente com a proibição do tabaco/fumar em recintos fechados nomeadamente escolas, lares e hospitais.
Concordo com a entrada em vigor da lei com a restrição de fumar em locais públicos pois morrem em média no mundo uma pessoa a cada oito segundos.
O fumo perturba e manifestamente afecta a nossa saúde, actual ou futura.

quarta-feira, maio 30

Números da discórdia. 900 ou 1300 Escolas do 1º Ciclo serão encerradas no próximo ano lectivo

Mais uma medida do Ministério da Educação que irá permitir a deslocação de alguns milhares de alunos da sua área de residência para um novo espaço geográfico do seu concelho.

Senhores Pais, o
s seus filhotes terão que se levantar mais cedo para apanhar os transportes e em princípio, cumprindo-se o horário normal, efectuarão o almoço no refeitório da Escola receptora com regresso marcado para depois das dezassete horas. Acabaram-se os almoços em família e o convívio com povo da terra. As confusões nas Escolas “desterro” por os professores estarem de baixa psicológica ou por outros motivos. Na nova Escola espera-se que os alunos tenham um ambiente de convívio com outros da sua idade e que partilhem novos recursos.
Se bem que nas Escolas actuais o número de alunos é menor, nas novas as turmas serão constituídas por um número superior dificultando assim as condições de trabalho do professor e consequentemente o tempo disponível para apoiar individualmente cada um dos alunos.
Esperemos sinceramente que as novas Escolas tenham melhores condições que as de origem.
Basta! O que o Ministério pretende na realidade é poupar umas “massas” valentes. Imaginem o universo de pessoas que virão a sofrer com esta medida. Os funcionários, o auxiliar de acção educativa e o professor, partindo do pressuposto que cada escola a encerrar só tem afectas duas pessoas, considerando o encerramento total, este afectará um universo compreendido de 1800 a 2600 funcionários. Atendendo ao reduzido número de alunos afectos a esta escolas, talvez apenas dois quintos dos professores voltaram a ser colocados em próximos concursos. Os funcionários do quadro tem sempre um lugar assegurado, mas os restantes irão para o desemprego. No caso dos professores irá afectar mais uma vez, os mais novos – os contratados.
A poupança mensal média poderá ser de 600 euros para um funcionário de acção educativa e de 1000 euros para um professor. Basta multiplicar pelo número de excedentes para sabermos o valor da poupança.

Se o ensino é garantido a todos os jovens em idade escolar, essas condições não o são e poucas alterações vejo nas decisões emanadas pelo Ministério da Educação. Para começar devia declarar publicamente os orçamentos das escolas e os custos associados a obras de intervenção. Esta matéria poderá ficar para uma futura reflexão.

quarta-feira, maio 23

Provas de Aferição - "Cifrões"

Consta que cada prova de aferição custou 60 cêntimos pagos pelo orçamento do Ministério da Educação. Estima-se um custo total aproximado de 300 mil euros de acordo com o Correio da Manhã de 23 de Maio. O que me indigna não é propriamente o custo associado a este tipo de avaliação mas sim a falta eficácia das mesmas para uma maior responsabilização dos alunos no seu processo de aprendizagem e na falta de confiança/reconhecimento do M.E. com os Conselhos Executivos dos Agrupamentos de Escolas na condução deste processo. Os Conselhos Executivos recebem apenas instruções sobre o procedimento a ser levado em conta na sua aplicação e os respectivos envelopes de provas atendendo ao número de turmas/número de alunos. Cada envelope continha 10 provas de teste e 40 folhas de rascunho. Por sala estavam dois professores aplicadores para evitar perturbações e informar os alunos sobre os procedimentos relativos a este processo. Seguiram um guião com instruções precisas, que foram lidas aos alunos em momentos distintos. Falemos do custo das provas. Se uma turma fosse composta por 12 alunos, os professores ficariam na posse de 2 envelopes fechados contendo um total de 20 provas e 80 folhas de rascunhos. Assim, distribuiriam 12 provas e 24 folhas de rascunho. Imaginem a quantidade de árvores abatidas desnecessariamente pois sobras não faltaram. Nesta turma sobrariam 8 provas e 56 folhas de rascunho. Agora imagine para um universo de 245.552 alunos o desperdício que existiu e consequentemente o custo associado. Termino sugerindo outra reflexão: existirão ou não outro meios para aferir as competências dos alunos?